A programação, com entrada franca, da atividade “Centro de Teatro do Oprimido de Portas Abertas: Saberes e Práticas” terá Curingas de distintas fases do Centro de Teatro do Oprimido protagonizando rodas de conversa sobre cada momento da instituição, num bate papo descontraído e dialogal durante todo o dia.
Serão 12 horas de programação gratuita:
10h00 – Roda de conversa “A gênesis do Centro de Teatro do Oprimido: animadores culturais nos CIEPs”, com a presença de dois dos curingas que fundaram a instituição, Claudete Felix e Luiz Vaz.
11h00 – Helen Sarapeck e Olivar Bendelak falam sobre o período das experiências durante o “Mandato de veredor de Augusto Boal.” Da criação da técnica do Teatro Legislativo e aprovações de algumas leis por meio desta revolucionária dinâmica teatral.
14h00 – Geo Britto se junta a Helen Sarapeck para conversar sobre “Sistematização do processo de Multiplicação” e dos grandes projetos de capacitação que possibilitaram a difusão do método Brasil adentro e mundo afora.
17h00 – É a vez de Claudia Simone e Monique Rodrigues abrirem as falas para discorrer sobre os laboratórios de especificidades e do Laboratório Magdalena que ocasionou o Teatro das Oprimidas, uma revolução dentro do método do Teatro do Oprimido. Ou “A revolução dentro da revolução”, frase de uma das praticantes do método. Monique fala também sobre as “Estratégias de Resistências” de sobrevivência do CTO após a passagem de Boal e do contexto político com avanço da extrema direita.
18h00 – Os jovens Curingas oriundos da Maré, Maiara Carvalho, Gabriel Horsth e Eloana Gentil, falam sobre os “Novos Rumos” da instituição. A partir do projeto Teatro do Oprimido na Maré, a instituição passa a ter uma equipe oriunda prioritariamente de grupos populares. Equipe essa composta majoritariamente de mulheres, negrxs e faveladxs.
19h00 – Apresentação do novo colegiado. O Centro de Teatro do Oprimido passa a ter uma nova gestão. Dessa vez um colegiado formado por três pessoas negras. Uma revolução na instituição. Gabriel Horsth, bixa, preta, favelada da Maré, Maiara Carvalho, jovem da Maré oriunda do grupo Maré 2012, recém formada em pedagogia, e Eloana Gentil, mulher negra, oriunda de Niterói, recebem de Marcela Fárfan, Geo Britto e Alessandro Conceição o bastão para que a caminhada da instituição siga novos rumos contra as injustiças. Para essa atividade de passagem será feito o jogo do Teatro do Oprimido: Bola, bolhas e balões, com todas as pessoas presentes.
19h30 – A partir desse horário as atrações ficam por conta do Grupo de Teatro do Oprimido de Ponto Chic, formado por jovens de Nova Iguaçu, que apresentam a performance “Julga meu cabelo Afro”, abordando o racismo. Além de Ponto Chic o CTO, com integrantes do grupo Marias do Brasil apresenta performance sobre os desrespeitos que a categoria das trabalhadoras domésticas está recebendo da equipe do Governo Federal.
20h00 – Lançamento da 9ª edição da Revista Metaxis, publicação do Centro de Teatro do Oprimido que traz reflexões acerca do método. Essa nova edição da Metaxis aborda os dois anos do processo do projeto “Circuito Teatro do Oprimido” que contou com 10 grupos de teatro do oprimido de diferentes temáticas. O projeto contou com o patrocínio da Petrobras, através da Lei de Incentivo a Cultura da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado do Rio de Janeiro.
20h30 – Lançamento do novo site do Centro de Teatro do Oprimido, totalmente reformulado e com as transformações da instituição nos últimos cinco anos.
O evento será encerrado com um Sarau para quem quiser expressar sua verve artística, seja com música, desabafo ou poesia!
Sobre o Centro de Teatro do Oprimido
Centro de pesquisa e difusão, fundado em 1986, que desenvolve a metodologia do Teatro do Oprimido em laboratórios, seminários de dramaturgia, ambos de caráter permanente, para revisão, experimentação, análise e sistematização de exercícios, jogos e técnicas teatrais. A instituição foi dirigida por Augusto Boal ao longo de seus últimos 23 anos de vida e hoje sua equipe dá prosseguimento ao trabalho. A filosofia e as ações da instituição visam à democratização dos meios de produção cultural, como forma de expansão intelectual de seus participantes, além da propagação do Teatro do Oprimido como meio da ativação e do democrático fortalecimento da cidadania. A instituição implementa projetos que estimulam a participação ativa e protagônica das camadas oprimidas da sociedade, e visam à transformação da realidade a partir do diálogo e de meios estéticos.
Atualmente desenvolve o projeto Circuito Teatro d@ Oprimid@, patrocinado pela Petrobrás, com 10 grupos populares coligados ao Centro de Teatro do Oprimido, pautados pela diversidade de abordagens, utilizando a Estética e o Teatro do Oprimido. Ocupando praças, ruas, escolas, teatros, os mais diversos contextos sociais e espaços da cidade com peças teatrais provoca reflexões, revela injustiças e faz ações sociais concretas e continuadas. Além das apresentações públicas, o projeto pedagógico Academia Livre de Estéticas Libertadoras oferecere qualificação de bases sólidas para a produção artística cujo programa contempla palestras e seminários públicos de temas de interesse da sociedade.
Serviço
Centro do Teatro do Oprimido
Av. Mem de Sá, 31, Lapa, Rio de Janeiro
Data: 16 de março de 2020, das 10h00 até às 22h00
Informações: (21) 2232-5826
ENTRADA FRANCA (INGRESSOS GRÁTIS)
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