Trecho não olímpico e ligação com Linha 1 estão previstos para 2017. Governador aguarda liberação de verba do BNDES para concluir obra.
Pezão e Osório estiveram na estação da Rocinha nesta terça-feira (15) (Foto: Fernanda Rouvenat / G1)
O governador Luiz Fernando Pezão e o secretário estadual de Transportes Carlos Roberto Osório visitaram trechos das obras da Linha 4 do metrô (Barra da Tijuca – Ipanema) nesta terça-feira (15). Eles passaram pela estação de São Conrado e embarcaram em um “trackmobile” (caminhão especial para a circulação em túneis) e chegaram até a ponte estaiada, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio.
De acordo com Osório, a previsão de conclusão das obras segue inalterada para as estações que fazem parte do trecho olímpico (que não inclui a estação Gávea) e será feita no dia 1º julho de 2016. O trecho total, incluindo a estação Gávea e a ligação com a Linha 1, está previsto para o início de 2017. Para a finalização da nova linha, o secretário admitiu que ainda falta a liberação de parte da verba acordada com o BNDES.
“Essa obra, para ser concluída, precisa de recursos. Nós temos contrato com o BNDES de R$ 445 milhões e precisamos de recurso para o ano que vem. O governador Pezão já esteve com o ministro da Fazenda e com a presidente e nós temos muita confiança na liberação dos recursos. Não deverá haver nenhum impedimento para que a obra seja concluída, basta uma liberação formal da Secretaria do Tesouro Nacional”, explicou o secretário.
Já o governador reiterou se que a presidente Dilma se comprometeu com o estado e que aproveitará a oportunidade dela estar na cidade essa semana para a inauguração do Museu do Aamanhã para resolver alguns acordos. Segundo Pezão, não há um plano B caso a verba não seja liberada. “Eu conto muito com a aprovação do BNDES é uma questão burocrática e eu estou com muita esperança de que vai ser liberado”, disse Pezão.
Uma outra liberação adicional de R$ 500 milhões também já foi colocada em Brasília. Esse valor seria para a segunda parte da obra da Linha 4, que inclui a finalização do trecho que não faz parte do trajeto olímpico (estação Gávea) e a ligação da Linha 1 com a Linha 4.
“Obviamente que nós queremos concluir a obra como um todo. Por isso, o governador sinalizou essa necessidade de R$ 1 bilhão”, explicou o secretário de Transportes.
A Linha 4 já tem 83% das obras concluídas e faltam apenas 700 metros para a escavação. Ao todo, serão seis estações nessa nova linha: Nossa Senhora da Paz, Jardim de Alah, Antero de Quental, Gávea, São Conrado e Jardim Oceânico. Com ela, será possível ir da Barra a Ipanema em 13 minutos e, da Barra ao Centro, em 34 minutos.
Ainda de acordo com o secretário de Transportes, a estimativa do governo é de que nova linha do metrô tire de circulação pelo menos dois mil carros por dia na cidade nesse trecho. “A Linha 4 é mais do que uma ligação da Barra a Ipanema. Ela completa o eixo de circulação da cidade. Ganha o morador da região atendida pelo sistema e ganha o sistema de mobilidade da cidade”, disse Osório.
Salários atrasados
Questionado pelos jornalistas sobre o atraso no pagamento do seu próprio salário e da segunda parcela do 13º salário dos servidores estaduais, Pezão disse que seu salário também atrasou e que “está lutando” pela segunda parcela.
“A gente recebeu no dia 9 como receberam todos os funcionários do estado e a gente não teve nem um adiantamento de R$ 2 mil reais. A gente tem um problema com as terceirizações, o recurso da saúde têm faltado. A gente está com um atraso de repasses também do governo federal. Estou conversando com diversos empresários que devem o estado e eu entendo também as dificuldades que o empresariado eta vivenciando e estou vendo formular pra financiar. Quero muito pagar [a segunda parcela do 13º] no dia 17, de não der, um pouquinho mais pra frente,as quero muito pagar”, disse o governador.
Pezão informou também de que os cortes no estado chegaram a quase R$ 1,7 bilhão durante o ano de 2015. “Não foi suficiente porque a arrecadação caiu muito e eu estou muito preocupado com 2016”, disse o governador.
Troca na Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos
Pezão disse também que a troca divulgada nesta terça-feira na Secretaria de Direitos Humanos e Assistência Social foi por motivação política. Quem assumiu o cargo no lugar de Teresa Cosentino foi o pastor evangélico Ezequiel Teixeira.
“Foi uma pessoa que integrou a minha coligação, que tem um grande trabalho nessa área e ele não vai fazer nenhum tipo de discriminação aqui. A razão foi política e também da gente estar vendo a gestão da Secretaria de Ação Social. Ela vai continuar nos ajudando em outras secretarias”, afirmou.
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