Trinta e cinco alunos da Escola Nacional de Circo, formandos da turma 2019/2021 do Curso Técnico em Arte Circense da Funarte, vão encenar, a partir do dia 23 de março, o espetáculo URUTU, no CCBB do Rio de Janeiro, às 19h. A montagem, dirigida por Renato Rocha, traz, por meio da dramaturgia de cena, referências ao bicentenário da Independência do Brasil e ao centenário da Semana de Arte Moderna de 1922, ambos celebrados este ano. O projeto combina artes visuais, dança, música, teatro, cultura popular e arte circense, e será apresentado em um palco-picadeiro de aço, criado e montado no estacionamento do Centro Cultural Banco do Brasil. O espetáculo tem o apoio institucional da Fundação Nacional de Artes, e conta com entrada gratuita, mediante aquisição de senha distribuída 1h antes do início do espetáculo.
Segundo o diretor artístico Renato Rocha, na cultura dos povos originários (indígenas), o nome URUTU diz respeito a cobra-grande, que é “símbolo da deglutição e da gestação de algo novo”. E é nesse sentido, digamos: antropofágico, que a montagem está sendo concebida como um espetáculo de alto nível técnico e de extremo impacto físico e visual, que mistura algumas linguagens artísticas para criar uma experiência estética que una o carisma, o vigor e o risco do circo clássico com a pesquisa, inovação, visceralidade e a beleza estética e sensorial do circo contemporâneo. “Uma obra de dramaturgia aberta, que só se completa no corpo e na imaginação dos espectadores, convidando-os para um universo de sensações, onde eles próprios possam criar associações a partir de suas vivências e experiências pessoais”, reforça o artista.
A montagem reúne alguns números do circo clássico – corda lisa, trapézio, báscula, contorção, rola-rola, força capilar, percha, e outros -, além da beleza estética e sensorial do circo moderno. Os ex-alunos, agora formados pela Escola Nacional de Circo (ENC), farão parte de um trabalho diferenciado, sofisticado e de grande alcance popular, que possa restabelecer o debate sobre a identidade do novo circo contemporâneo brasileiro, a cena circense atual, o mercado nacional, e o investimento para esta linguagem de tão grande alcance junto ao público e sua internacionalização. O intuito dessa união entre a Escola Nacional de Circo (Funarte), a Ciranda de 3 Trupe Produções e o CCBB do Rio de Janeiro, é criar uma vitrine para o circo brasileiro nas relações internacionais, reforçando assim, a presença do Brasil no mapa do cenário circense mundial.
O elenco é formado por 35 artistas oriundos de diversos países da América Latina, entre eles: Venezuela, Equador, Argentina, Chile e Colômbia; e, também, das cinco regiões do Brasil, vindos dos estados do Pará, Amazonas, Tocantins, Bahia, Pernambuco, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, alguns deles com antepassados pertencentes a povos originários. A participação dos formandos da Escola Nacional de Circo no espetáculo URUTU dá continuidade às ações da Fundação Nacional de Artes pelas comemorações dos 200 anos da Independência do Brasil e dos 100 anos da Semana de Arte Moderna de 1922.
Serviço:
Espetáculo URUTU
Elenco constituído por 35 formandos da turma 2019/2021 do Curso Técnico de Artes Circenses, da Escola Nacional de Circo (ENC)
Estreia nacional/temporada: de 23 de março a 3 de abril de 2022
Dias e horários: quarta a domingo, às 19h
Duração: 120 minutos, em 2 atos. Intervalo de 15 minutos entre os atos.
Classificação indicativa: livre
Entrada gratuita, mediante retirada de senha com até 1h de antecedência na bilheteria do CCBB
Capacidade de público: 150 lugares (50 lugares sentados dentro do picadeiro e 100 lugares em pé em torno do picadeiro)
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