A Estação Botafogo do Metrô Rio passou a se chamar Botafogo / Coca-Cola. Isso ocorre porque a concessionária está passando por uma crise financeira, especialmente por conta da pandemia de covid-19 e buscou uma fonte alternativa de receita através de parcerias. Em julho do ano passado (via O GLOBO), o presidente da empresa, Guilherme Ramalho, disse que o prejuízo mensal era em torno de R$ 35 milhões, com déficit acumulado de R$ 150 milhões.
A novidade gerou polêmicas e anedotas nas redes sociais. Um usuário do Twitter disse “Aquela piada do Clube da luta sobre planetas com nomes de empresas tá se tornando realidade”. Outro disse que é comum que as estações incluam pontos de referência para auxiliar a população, citando como exemplo a Estação Nova América / Del Castilho.
Em nota, a concessionária disse que ainda não há previsão de mudança de nome das outras estações, mas que há uma busca por novas parcerias.
“Apesar da crise financeira ocasionada pela pandemia, a operação do Metrô Rio segue em pleno funcionamento nas linhas 1, 2 e 4, em horário regular e com todas as estações abertas, inclusive com a oferta de toda a sua frota de 64 trens em funcionamento. A concessionário tem mantido os mesmos intervalos praticados no período pré-pandemia” – disse a empresa, que também não descarta aumentar ainda mais o valor da tarifa.
“O contrato de concessão prevê reajuste anual baseado no Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), da Fundação Getúlio Vargas. O novo valor da tarifa é adotado após o processo de homologação por parte da Agetransp” – diz a nota.
A Coca-Cola Brasil também emitiu sobre a parceria com o Metrô Rio, dizendo que a escolha da estação Botafogo se dá pela proximidade com a sede da empresa: “O anúncio é o primeiro passo da colaboração entre Coca-Cola e Metrô Rio para a construção de ações que atendam ao público usuário da estação. A prática de naming rights em espaços públicos vem se mostrando uma forma de unir marcas e comunidades em torno de interesses comuns”.
A Agetransp diz que não há nenhum impedimento legal no contrato de concessão para a inclusão de publicidade no nome da estação, sendo a verba adquirida classificada como “fonte alternativa de receita”. Todo o dinheiro ganho é revertido para a concessão, podendo gerar novas obras, ampliações e até redução de tarifas.
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