Após apresentar “Asfixia” em Nova York, Candice Carvalho Feio traz exposição sensorial ao Rio de Janeiro

Asfixia, de Candice Carvalho Feio, é um livro-manifesto em edição bilíngue (português-inglês) pela Fotô Editorial. A obra, que tem parte da renda revertida para o projeto Mães da Favela, da CUFA (www.maesdafavela.com.br), é um recorte das duas crises que eclodiram simultaneamente na cidade de Nova York, no início de 2020: pandemia e protestos antirracistas. Cabe à Asfixia a definição de diário do epicentro ou, como descreve o prefácio de Caetano Veloso, um “livro-relato-poesia (que) nos leva para mais perto da vivência emocional que talvez nos abra os caminhos da verdadeira Abolição”.

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Reprodução

Após um convite para expor em Nova York (EUA), Candice levou, no último dia 23 de setembro, alguns recortes do seu recente trabalho ao evento “Make Music Don’t Get Killed”, feito para chamar atenção e dar voz aos trabalhos e criadores que abordam uma causa na sua arte: LGBTQIA+, racismo, inclusão, imigração, desigualdade social, entre outros temas políticos e sociais. A exposição aconteceu no Rubulad, espaço coletivo de arte localizado no Brooklyn. Foram várias performances que tiveram as fotos de Asfixia como parte do cenário.

“Expor em NYC foi uma honra. Eu fiz uma exposição de fotos e, pessoalmente, foi uma alegria muito grande. As pessoas conseguiram se relacionar com as imagens, muitas reconheciam as cenas porque estavam lá [nas mobilizações populares dos primeiros meses de 2020], por isso essa troca com o público foi tão interessante”, relata Candice, que se prepara para trazer a exposição ao Brasil em outubro.

Com concepção artística e montagem de Isadora Medellin e produção Taís Power, o próximo evento acontecerá na Casa Bicho, localizado no Jardim Botânico (Rio de Janeiro), no dia 16 de outubro. O objetivo, segundo Candice, é levar algumas fotos do livro numa exposição sensorial, oferencendo performances artísticas, diálogo e muita troca.

“A ideia é que seja uma imersão, onde as pessoas possam interagir com as imagens projetadas no chão, parede, teto e ouvir os sons dos protestos reproduzidos no ambiente. Estamos planejando um evento que também engaje brasileiros e artistas locais que tenham registrado coisas na pandemia. Que essas pessoas possam estar ali e usar o espaço da exposição de Asfixia para mostrar o seu trabalho, essa é a nossa intenção. Queremos que seja bacana e com a mesma pegada social do livro”, adianta a jornalista brasileira.

 

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