Biscoito Globo tem sua fábrica fechada devido a pandemia do covid-19

Foto: Reprodução

Tradição há décadas no Rio de Janeiro, a fábrica do Biscoito Globo fechou as portas por tempo indeterminado devido a pandemia do coronavírus.

“Nosso carro-chefe é o biscoito mais vendido nas embalagens de papel, revendido nas ruas e nas praias. Como ninguém sai de casa e a praia está proibida, não temos para onde correr” – diz Marcelo Ponce, um dos donos do negócio (via VejaRio).

Em épocas sem quarentena, as vendas variavam entre 5.000 a 7.000 por dia, chegando a dobrar durante o verão. Atualmente, só é possível encontrar a embalagem plástica, feita para ser revendida em escolas, supermercados e casas comerciais, em grandes revendedores.

“Essa crise acabou com a gente” – diz Ponce, que diz que tem atendido a alguns pedidos sob demanda – “Coloco duas ou três pessoas para produzir, mas somente alguns pedidos específicos, que valham a pena. É muito triste isso”. Mais de 40 mil saquinhos de papel serão reciclados porque já tinham a data de validade da empresa.

UM POUCO DE HISTÓRIA

O Biscoito Globo surgiu, curiosamente, em São Paulo, quando os irmãos Milton, Jaime e João Fernandes trabalharam em uma padaria de um tio no bairro do Ipiranga. Em 1955, o trio se mudou para o Rio de Janeiro e iniciou a produção local e, aos poucos, começou a fazer muito sucesso e se tornou símbolo do Rio de Janeiro.

Outro ponto curioso é que os donos nunca quiseram fazer propaganda do Biscoito Globo e se recusaram em abrir franquias. A embalagem é a mesma de quando o produto foi lançado em 1955.

Em uma reportagem do The New York Times, o jornalista David Segal detonou o biscoito dizendo que ele “não tinha gosto”, causando reação de muitas pessoas conceituadas no Brasil. A chef Roberta Subbrack disse que “não se mexe com ícones culturais de um povo”, enquanto o escritor Marcelo Rubens Paiva disse que “Ir ao Rio e falar mal do Biscoito Globo é como ir à sua casa e falar mal da comida da sua avó”.

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