CCBB apresenta “Brás Cubas” em montagem inédita da Armazém Companhia de Teatro

CCBB apresenta "Brás Cubas" em montagem inédita da Armazém Companhia de Teatro
Foto: Paulo de moraes

Na noite de 23 de agosto, o Teatro II do Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro recebe a estreia nacional do novo espetáculo da Armazém Companhia de Teatro, “Brás Cubas”, versão cênica de Paulo de Moraes para a obra-prima de Machado de Assis, que traz o Bruxo do Cosme Velho para o centro da cena, como personagem. Com dramaturgia de Maurício Arruda Mendonça, a nova montagem da Armazém tem elenco formado por Bruno Lourenço, Isabel Pacheco, Jopa Moraes, Felipe Bustamante, Lorena Lima e Sérgio Machado, iluminação de Maneco Quinderé, cenografia de Carla Berri e Paulo de Moraes, figurinos de Carol Lobato e direção musical de Ricco Vianna. A temporada no CCBB Rio de Janeiro será de 23 de agosto até 01 de outubro, de quarta à sábado, às 19h, e domingos, às 18h, para maiores de 14 anos, com ingressos adquiridos na bilheteria do CCBB ou antecipadamente pelo site bb.com.br/cultura.

Foi a partir da 1881, com Memórias Póstumas de Brás Cubas, seguido por Quincas Borba, Dom Casmurro, Esaú e Jacó e Memorial Aires que Machado de Assis começou a desenvolver seu extraordinário realismo psicológico, permeando seus romances com impetuoso sarcasmo. Memórias Póstumas de Brás Cubas é considerado um romance original desde a sua dedicatória “ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver” e prossegue na ideia de um defunto autor que, para fugir ao tédio do túmulo, escreve suas memórias.

– Brás Cubas é um dos personagens mais icônicos da literatura brasileira. Tratar de um personagem pretensioso e prepotente, um recordista de fracassos, que têm uma aversão por si mesmo absolutamente merecida – e que nos fala tanto sobre a formação da elite brasileira –, era muito sedutor. Mas traduzir a experimentação formal de Machado para o palco – conversando com o público de hoje – me parecia desafiador. Porque Machado escreve com um nível de sutileza raro. Então, com certeza o nosso grande embate durante a descoberta da peça tem sido como fazer com que essa literatura sutil se transforme numa ação dramática contundente. –, declara o diretor Paulo de Moraes.

A dramaturgia de “Brás Cubas“, assinada por Maurício Arruda Mendonça, é uma adaptação do romance de Machado de Assis, mas não uma adaptação no sentido clássico porque insere o próprio autor na peça, como personagem. “O espetáculo tem uma certa vinculação com o sonho. A gente constrói essa história como se estivéssemos dentro da casa do Machado, acompanhando a sua criação. E o ponto central da nossa adaptação é o delírio que o personagem do Brás tem momentos antes de sua morte.”, comenta Paulo de Moraes.

A peça da Armazém desmembra o personagem Brás Cubas em dois. Sérgio Machado interpreta Brás Cubas desde seu nascimento até sua morte (não necessariamente nessa ordem) e Jopa Moraes assume Brás Cubas já como o defunto que narra suas memórias póstumas. “Esse defunto está pouco vinculado ao século 19, quer e precisa se comunicar com as pessoas de agora”, comenta o diretor. A dramaturgia tem uma estrutura em três planos: o plano da memória – que são as cenas vividas por Brás; o plano da narrativa – onde entram as divagações e reflexões do defunto; e um terceiro plano em que o próprio Machado de Assis (vivido por Bruno Lourenço) invade sua narrativa com comentários que visam conectar contemporaneamente suas críticas à sociedade brasileira. “Nosso Machado não é um personagem biográfico. Embora todas as questões que o personagem coloque na peça tratem de assuntos sobre os quais Machado escreveu, estão colocadas em contextos diferentes. É uma brincadeira a partir de detalhes biográficos. Um personagem imaginário tentando se comunicar com o nosso tempo.”, finaliza Paulo.

Privilegiando acessibilidade do público, além dos lugares para cadeirantes, durante a temporada haverá uma sessão com intérprete de Libras e Audiodescrição. Acompanhe as redes sociais do CCBB @ccbbrj bb.com.br/cultura e da @armazemciadeteatro para saber mais a respeito desta e de outras notícias do “Brás Cubas” da Armazém Companhia de Teatro.

O “Brás Cubas” da Armazém Companhia de Teatro dá continuidade a celebração dos 35 anos de sua formação.

Ficha técnica

  • Direção: Paulo de Moraes
  • Dramaturgia: Maurício Arruda Mendonça
  • Montagem da Armazém Companhia de Teatro
  • Elenco/personagens: Sérgio Machado (Brás Cubas), Jopa Moraes (Defunto), Bruno Lourenço (Machado de Assis), Isabel Pacheco (Virgínia), Felipe Bustamante (Quincas) e Lorena Lima (Marcela e Natureza).
  • Músicos em cena: Ricco Viana ou Rafael Tavares
  • Cenografia: Carla Berri e Paulo de Moraes
  • Iluminação: Maneco Quinderé
  • Figurinos: Carol Lobato
  • Direção Musical: Ricco Vianna
  • Preparação Corporal: Patrícia Selonk e Paulo Mantuano
  • Colaboração na Dramaturgia: Paulo de Moraes
  • Designer Gráfico: Jopa Moraes
  • Fotografias: Mauro Kury
  • Cabeça do Hipopótamo: Alex Grilli
  • Assessoria de Imprensa: Ney Motta
  • Direção de Produção: Patrícia Selonk e Bruno Mariozz
  • Produção Executiva: Sérgio Medeiros
  • Assistente de Produção: Amanda Rumbelsperger
  • Coordenação do Projeto: Paulo de Moraes e Patrícia Selonk
  • Patrocínio: Banco do Brasil
  • Realização: Centro Cultural Banco do Brasil

Serviço

  • Estreia nacional de “Brás Cubas”: dia 23 de agosto de 2023, quarta-feira, às 19h
  • Temporada: de 23 de agosto a 01 de outubro de 2023
  • Dias e horários: Quarta à sábado, às 19h, e domingo, às 18h.
  • Centro Cultural Banco do Brasil – Teatro II
  • Rua Primeiro de Março, 66, Centro, Rio de Janeiro
  • Informações: 21 3808-2020 | ccbbrio@bb.com.br
  • Valor do ingresso: R$ 30 (inteira) e R$15 (meia)
  • Estudantes, maiores de 65 anos e Clientes Ourocard pagam meia entrada.
  • Ingressos adquiridos na bilheteria do CCBB ou antecipadamente pelo site bb.com.br/cultura
  • Funcionamento do CCBB Rio: de quarta a domingo, das 9h às 20h (fecha às terças).
  • Capacidade de público: 153 lugares
  • Classificação: Indicado para maiores de 14 anos.
  • Duração: 110 minutos

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