Arte

Espetáculo “A mulher descoberta” estreia no Teatro Cândido Mendes, em Ipanema

Casamentos longos, parcerias de vida em comum, compartilhadas, nem sempre são sinônimos de equilíbrio, felicidade ou companheirismo. As trincheiras podem ser criadas de uma hora para a outra, dentro de casa ou dentro de cada um. As escolhas que fazemos – ou deixamos de fazer – podem ser um risco de nos tornar prisioneiros da relação. Será que só a morte nos separa? Seria a morte a única libertação? E se, hipoteticamente, pudéssemos testemunhar o que acontece em nosso entorno nos instantes seguintes à nossa morte? O que testemunharíamos? Estaríamos satisfeitos ou incomodados com as decisões a serem tomadas pelos nossos entes queridos a nosso respeito?

No monólogo “A mulher descoberta”, conhecemos a relação do casal e a participação de Márcio no casamento, sempre demonstrando ser um marido preocupado e carinhoso. Mesmo depois de 39 anos de casados, ele segue a rotina de acordar sua mulher toda dia abrindo as cortinas com muito cuidado, servindo um café quente e dando um beijo no rosto de sua mulher. Porém, em determinada manhã, esse hábito será quebrado para sempre. O fato é narrado pela mulher, que observa as reações e atitudes de Márcio a partir daquele momento. Ao mesmo tempo em que apresenta ao público as intimidades da relação, ela faz um balanço dos 39 anos de convivência. O resultado é um convite ao público para refletir a respeito das forças, alegrias, fragilidades e desencantos existentes nas relações humanas.

Seis anos de parceria

O novo espetáculo de Walter Macedo Filho, que assina o texto e direção cênica, com direção de movimento de Ana Amélia Vianna e Adriana Karla Rodrigues em cena, destrincha a rotina de um casal abalada por uma situação extrema.

A parceria do trio (Walter, Ana Amélia e Adriana Karla) vem desde 2017, quando da encenação de “Encontros”, apresentado na Casa Rio e Castelinho do Flamengo, continuando na montagem de “Entre Quatro Paredes”, de Jean Paul Sartre, com estreia no Festival Midrash de Teatro e temporada na Sala Baden Poell, e “O Fim da Psiquiatra”, também participante do Festival Midrash de Teatro e com temporada no Teatro Municipal Café Pequeno (interrompida no início da pandemia). “A Mulher Descoberta” é a quarta montagem que fazem juntos.

Propostas da montagem

 

A proposta da direção de Walter Macedo Filho para “A Mulher Descoberta” joga luz na atuação da atriz Adriana Karla, enquanto Ana Amélia Vianna explora movimentos do corpo real, com suas possibilidades e limites, transformado em linguagem carregada de signos e símbolos. A força da atriz é claramente vista na expressão de seu corpo/voz/movimento. O processo de maturação do trabalho da Adriana Karla pode ser encontrado na formação e descoberta da personagem onde voz, corpo, gestos, formas e tonalidades vão criando camadas sobre camadas nas cenas.

Trata-se de uma conversa, ao mesmo tempo, silenciosa e amorosa em que a integração da direção de cena com a direção de movimento é percebida com toda a sua clareza.

Com a palavra, a plateia

Após o espetáculo, o público é convidado a participar de uma experiência de “encontros, debates e reflexões”. As curadoras dos bate-papos Márcia Noleto (C-FEN) e Mariama Furtado (Instituto Epokhé) fazem a mediação com os convidados, diferentes a cada noite. As conversas pretendem instigar o público a expor suas observações e opiniões sobre os temas apresentados na peça e os desdobramentos em nosso dia a dia.

A programação dos bate-papos de novembro de 2022 será a seguinte: dia 07/11

Ana Amélia Vianna (diretora de movimento) e Walter Macedo Filho (autor e diretor)

Divulgação

 

SERVIÇO

dia 14/11

Paulo-de-Tarso de Castro Peixoto

(compositor, pianista, escritor, gestalt-musicoterapeuta, PhD em psicologia, pós-doutorado em filosofia e psicologia)

dia 21/11 Karen Acioly

(dramaturga, diretora teatral, roteirista e inventora do FIL Festival) e João de Mello

(dramaturgo, professor CAp-UFRJ, mestre em literaturas francófonas e doutorando em literatura francesa na Sorbonne sobre o poeta Rimbaud)

dia 28/11 Alcio Braz

(médico psiquiatra formado pela UFRJ-IPUB, psicanalista da SPCRJ, mestre em antropologia social na PPGAS-MN-UFRJ e autor dos livros “Grande Silêncio” e “Os Caminhando nos Himalaias”

Ficha técnica:

 

Walter Macedo Filho

É diretor, dramaturgo, jornalista, roteirista, escritor, gestor cultural e fotógrafo. Integrou o Círculo de Dramaturgia do Centro de Pesquisa Teatral, coordenado por Antunes Filho, e participou da primeira turma do Núcleo de Dramaturgia SESI-British Council, em São Paulo. Como gestor cultural, atuou no SESC São Paulo, Arena Carioca Dicró, Biblioteca Parque Estadual e Instituto Augusto Boal. Em 2012, publicou seu livro de contos, Nebulosos, pela Editora 7Letras. Em 2017, estreou seu espetáculo “Encontro” (autor e diretor), que esteve em cartaz no Rio de Janeiro, de maio a julho, com as atrizes Adriana Karla Rodrigues, Adriana Rabelo e Lis Maia. Também em 2017, seu conto “O fim da psiquiatria” foi selecionado para a edição especial “Civilização e Barbárie” (coletânea), da Revista Gueto.

Equipe:

 

Walter Macedo Filho

É diretor, dramaturgo, jornalista, roteirista, escritor, gestor cultural e fotógrafo. Integrou o Círculo de Dramaturgia do Centro de Pesquisa Teatral, coordenado por Antunes Filho, e participou da primeira turma do Núcleo de Dramaturgia SESI-British Council, em São Paulo. Como gestor cultural, atuou no SESC São Paulo, Arena Carioca Dicró, Biblioteca Parque Estadual e Instituto Augusto Boal. Em 2012, publicou seu livro de contos, Nebulosos, pela Editora 7Letras. Em 2017, estreou seu espetáculo “Encontro” (autor e diretor), que esteve em cartaz no Rio de Janeiro, de maio a julho, com as atrizes Adriana Karla Rodrigues, Adriana Rabelo e Lis Maia. Também em 2017, seu conto “O fim da psiquiatria” foi selecionado para a edição especial “Civilização e Barbárie” (coletânea), da Revista Gueto. É diretor da “Companhia Tarja Preta”, que já está em sua quarta montagem: “Encontros” (texto e direção de Walter Macedo Filho). “Entre Quatro Paredes” (texto de Jean Paul Sartre e direção de Walter Macedo Filho), “O Fim da Psiquiatra” (texto e direção de Walter Macedo Filho) e “A Mulher Descoberta” (texto e direção de Walter Macedo Filho).

Adriana Karla Rodrigues

É atriz, com mais de 20 anos de atuação em teatro e tv, autora, arte-terapeuta, psicóloga, professora, gestora cultural e ex diretora de equipamentos culturais. Foi diretora do Museu do Amanha, da Biblioteca Parque e do MAR – Museu de Arte do Rio. Como atriz, estudou na Escola de Artes Dramáticas de SP (EAD/USP), também no grupo de formação de atores – supervisão da Miriam Muniz – Funarte São Paulo e formação de atores na Fundação Clóvis Salgado

– Palácio das Artes – Belo Horizonte – MG. Em TV fez várias participações em novelas na Rede Globo e TV Manchete como elenco (Brida). É integrante do grupo “Tarja Preta” sob a direção de Walter Macedo Filho e com o grupo já está na quarta montagem: “Encontros” (Walter Macedo Filho). “Entre Quatro Paredes” (Jean Paul Sartre), “O Fim da Psiquiatra” (Walter Macedo Filho) e “A Mulher Descoberta”(Walter Macedo Filho).

Ana Amélia Viana

Bailarina com 25 anos de carreira ininterruptos. Formou-secomo bailarina em técnicas modernas e contemporâneas tendo sido treinada pelos mais importantes profissionais de sua área de atuação. Inicialmente em Brasília, sua cidade natal, estudou com mestrestais como: Yara de Cunto, Giselle Rodrigues, Denise Zenícola, Lúcia Toller, Giovanne Aguiar e David Zambrano. Obteve sólido treinamento também em dança clássica com Giselle Santoro e Regina Maura. Posteriormente, já estabelecida no Rio de Janeiro, deu continuidade a seu treinamento com Eloísa Menezes. Paralelamente, vem desempenhando profissionalmente em algumas das companhias de dança mais representativas do país: Basirah Núcleo de Pesquisas, Regina Miranda e Atores Bailarinos e Marcia Milhazes Cia de dança, onde permanece como bailarina até os dias atuais, tendo se apresentado em todo Brasil e em diversos países da Europa e Américas, além dos Estados Unidos. Em seu campo de conhecimento e de atuação como professora, agregamse também: curso de formação em Contato e Improvisação, técnica de barra ao s olo, Iyengar Yoga, consciência corporal além de larga experiência como assistente de direção e direção de movimento para peças teatrais e óperas. Curso superior em Fisioterapia. Este é o terceiro trabalho em parceria com Walter Macedo Filho e Adriana Karla Rodrigues

Ana Soter

Carioca e formada em Design Gráfico pela PUC-RJ, onde lecionou durante sete anos. Em 1992, abriu a Soter Design, onde realiza trabalhos em diversas áreas do design gráfico, editorial e expositivo. Foi coordenadora da ADG Brasil

– Associação de Design Gráfico, de 2002 a 2004. Desde a sua criação, a Soter Design vem deixando sua marca na construção da imagem e da memória do Rio. São projetos como a sinalização do Parque do Flamengo e do Parque Madureira, além de uma coleção de livros sobre a cidade, dentre eles a Coleção de Guias de Arquitetura da Cidade do Rio de Janeiro. Foi responsável pela criação da nova identidade visual da OSB – Orquestra Sinfônica Brasileira. Desde 2002 trabalhou com o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) na criação de marcas como a dos VII Jogos Sul-americanos do Time Brasil, da identidade visual da candidatura do Rio de Janeiro para os Jogos Olímpicos de 2016 e também pela elaboração, diagramação e produção do Dossiê de Candidatura da cidade para sediar os Jogos. Todos seus trabalhos têm em comum a busca pela elegância, sutileza simplicidade.

Mariama Furtado

Pós- Doutora em Saúde Mental e Atenção Psicossocial, Psicóloga, psicoterapeuta diretora do Instituto Epokhé Clínica e Formação em Gestalt terapia.

Márcia Noleto

Mestranda em filosofia, psicóloga, especialista em fenomenologia, coordenadora da C-FEN e fundadora do grupo Mães Semnome.

Ficha Tecnica

Texto e direção: Walter Macedo Filho (@waltermacedofilho) Com Adriana Karla Rodrigues (@adrianakarlarodrigues) Direção de movimento: Ana Amélia Vianna (@aameliavianna) Arte: Ana Soter (@ana_soter)

Serviço

 

A Mulher Descoberta (@amulherdescoberta)

Sinopse

No espetáculo, a rotina de um casal é abalada por uma situação extrema. O fato faz com que a personagem avalie os 39 anos de relacionamento, revendo os diversos papeis, escolhas e situações limítrofes do seu casamento.

Dias 7, 14, 21 e 28 de novembro de 2022, segundas-feiras, às 20h Teatro Cândido Mendes (@teatrocandido)

Rua Joana Angélica, 63 – Ipanema Ingressos: Sympla (@sympla)

R$ 40,00 e R$ 20,00 (meia)

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