Espetáculo ‘A Noite do Antílope Dourado’ reestreia em Ipanema

O espetáculo “A Noite do Antílope Dourado” retorna para sua terceira temporada no Rio de Janeiro. O drama se passa em uma cela de um hospício, onde um assassino homofóbico e uma travesti suicida se confrontam e são manipulados pelo jogo doentio de um enfermeiro perverso e sádico.

A remontagem do texto teatral do autor Fernando Melo, quatro décadas após sua estreia em 1976, aborda temas comuns aos dias de hoje: as perturbações humanas, a homofobia e a manipulação por parte de um poder doentio.

A PEÇA

A trama se desenrola na cela de um Manicômio Judiciário, mas poderia passar em qualquer lugar onde a imposição de ideias se faz presente. Nesse Manicômio se encontra Jorge, um assassino cruel, homofóbico, emocionalmente desequilibrado, e para lá é levada Vera, um velho travesti suicida, que vive à margem de uma sociedade hipócrita e preconceituosa. Dois universos diferentes, que se atraem e se repelem mutuamente. Duas partículas de camadas sociais minoritárias e marginalizadas.

Controlando esta cela, está um enfermeiro, que para este pequeno universo representa o poder maior. Abusivo e repressor, do alto de sua posição, este Enfermeiro arma um jogo entre Jorge e Vera com a finalidade de atingir os seus próprios objetivos, que é destruí-los. Partes fracas que são, diante de uma força maior presente, estas minorias (assassino e travesti) se tornam peças fundamentais para saciar a diversão sádica do Enfermeiro. Porém, essa cela não pode comportar três mentes tão perturbadas (Jorge, Vera e Enfermeiro) e o fim desse jogo é previsível: uma dessas peças é eliminada.

A Noite do Antílope Dourado
Foto: divulgação

O AUTOR

Fernando Melo (1954/1997) é um premiado dramaturgo brasileiro, nascido em Pernambuco, autor de vários sucessos do teatro nacional: “Greta Garbo, Quem Diria, Acabou No Irajá”, “O Trágico Fim De Maria Goiabada”, “Se Eu Não Me Chamasse Raimundo”, etc. Seus temas mais frequentes envolvem personagens amargos, perturbados, marginalizados que sobrevivem no submundo, do qual o autor tem um conhecimento profundo.

A Noite do Antílope Dourado
Foto: divulgação

Serviço:

A NOITE DO ANTÍLOPE DOURADO
Temporada: de 10 a 31 de março de 2020

Horários: Terças-feiras às 20h
Direção: Sérgio Nostra e Claudinha Vieira
Elenco: Matheus Freire, Fernando Giusti e André Américo
Teatro Candido Mendes
Rua Joana Angélica, 63 – Ipanema – Rio de Janeiro, RJ
Tel: 2523-3663.
Capacidade: 103 lugares. 1 lugar para cadeirante
Classificação: 16 anos
Duração: 70 minutos
Ingressos: R$50 (inteira) e R$25 (meia)
Gênero: Drama

A Noite do Antílope Dourado
Foto: divulgação

EQUIPE TÉCNICA ‘A Noite do Antílope Dourado’
AUTOR: FERNANDO MELO
DIREÇÃO: SÉRGIO NOSTRA E CLAUDINHA VIEIRA
ELENCO: MATHEUS FREIRE, FERNANDO GIUSTI e ANDRÉ AMÉRICO
CENÁRIO E FIGURINOS: AUGUSTO PESSOA
ILUMINAÇÃO: SÉRGIO NOSTRA
TRILHA SONORA: THIAGO LOPES
OPERADOR DE LUZ: PEDRO PAULO
OPERADOR DE SOM: CLAUDINHA VIEIRA
FOTOGRAFIA: LUÍS TEIXEIRA MENDES
PRODUÇÃO: FEG PRODUÇÕES ARTÍSTICAS

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