“Garota de Ipanema”, Teliana se vê favorecida pelo forte calor no Rio

Teliana Pereira tênis praia de Ipanema (Foto: Thiago Quintella)Pernambucana, Teliana Pereira se mostrou à vontade no Rio de Janeiro (Foto: Thiago Quintella)

Com um visual deslumbrante de um dia de sol, algumas das principais tenistas do torneio feminino do Aberto do Rio aproveitaram para ir à praia de Ipanema. Teliana Pereira, cabeça de chave número 1, capitaneou a visita e mostrou um pouco da beleza do Brasil às estrangeiras Danka Kovinic, Christina McHale e Sorana Cirstea, com direito a água de coco. A temperatura acima dos 30°C agradou Teliana, que espera tirar proveito também durante a competição.

– Acho que o calor me favorece sim, eu consigo me mexer bem dentro da quadra e acho que elas também não estão acostumadas com esse calor. Então, é claro que depende muito do estilo de jogo da menina que eu pegar. Se for uma menina que não aguenta, daí conta bastante ficar segurando um pouco mais e fazendo com que os pontos fiquem mais longos. É claro que o calor é para todos, mas eu estou mais acostumada. E isso é melhor para mim do que para elas – disse a pernambucana, que se mostrou à vontade no Rio.

Convidada pelo torneio, a romena Sorana Cirstea, ex-número 21 do mundo, espera poder aproveitar a oportunidade para dar a volta por cima na carreira. Lesionada durante boa parte do ano passado, ela caiu para 194 do ranking e, nos dois torneios que disputou esse ano, ambos no Brasil, chegou ao título em Bertioga e foi vice no Guarujá. Por isso, os programas turísticos terão que ficar para depois na agenda da tenista.

– Estou muito feliz por poder jogar neste torneio. Tenho que agradecer à direção por ter recebido o convite e tive tempo para me preparar. Mas não deu tempo de ver muita coisa. Cheguei na quarta-feira à noite e estou tentando me focar nos treinamentos e me adaptar às condições, já que vim de Bucareste, estava jogando em quadra coberta, a 0°C. Eu espero que, depois do torneio, tenha tempo para conhecer alguns pontos turísticos – afirmou Cirstea.

Teliana Pereira, Soarana Cirstea, Danka Kovinic e Christina McHale na praia de Ipanema (Foto: Thiago Quintella)Christina McHale, Soarana Cirstea, Danka Kovinic e Teliana Pereira na praia de Ipanema (Foto: Thiago Quintella)

Cabeça de chave número 3 do torneio, a americana Christina McHale também se mostrou encantada com a beleza natural do Rio de Janeiro e pretende conhecer um pouco mais da cidade quando tiver um tempo livre. Porém, o foco é manter o ritmo da temporada, já que há duas semanas, a atual 62 do ranking, chegou ao título no ITF de Maui, nos Estados Unidos.

– É linda (a praia de Ipanema). Eu já tinha ouvido falar e é realmente incrível, com as montanhas ao fundo. Como é minha vez aqui, claro que quero ir ao Cristo Redentor, explorar um pouco a cidade, é uma cidade muito interessante com coisas para fazer e ver. Estou bastante empolgada. Claro que vencer o torneio é sempre o objetivo, mas é meu primeiro torneio de saibro neste ano, então espero estar bem e ir o mais longe possível – explicou McHale.

ZIKA NÃO É PREOCUPAÇÃO PARA AS TENISTAS

Com o foco mundial voltado para o combate ao vírus da zika, as tenistas se mostraram antenadas com a situação. Segundo elas, a WTA (além da ATP) deu orientações às jogadoras sobre os cuidados que elas devem ter. Como estava no Brasil para os jogos no Guarujá e Bertioga, Cirstea se mostrou pouco preocupada.

– Não estou muito preocupada com isso. Há três semanas, eu estive no Guarujá jogando um torneio e acredito que aqui também está tudo bem. Fora do que a gente vê na TV, eu entendi que o vírus não é algo que vá colocar minha vida em perigo, é mais um perigo para as mulheres grávidas. Eu acho que se eu estiver saudável e passar repelente, eu não preciso me preocupar, alterar planos por causa disso.

Teliana Pereira, Soarana Cirstea, Danka Kovinic e Christina McHale na praia de Ipanema (Foto: Thiago Quintella)Tenistas mostraram bastante animação com visita à praia no Rio (Foto: Thiago Quintella)

Apesar de um pouco mais assustada com a situação de emergência, McHale mostrou bastante tranquilidade com as medidas a serem tomadas.

– É um pouco assustador porque quando você assiste aos noticiários, você escuta algumas coisas que assustam mesmo. Mas, a WTA nos passou algumas precauções que devemos ter, como passar o spray repelente, usar mangas compridas quando não estiver essa temperatura, claro. Apenas para tomar cuidado. Mas estou tentando não me preocupar tanto assim.

PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE O VÍRUS

Algum atleta já foi diagnosticado com o vírus?
Oficialmente, não. Mas a velejadora espanhola Marina Alabama, atual campeã olímpica da classe RS:X, disse ter tido todos os sintomas durante uma competição em dezembro no Brasil. Não há, no entanto, ainda uma confirmação de que ela foi infectada pelo vírus. Alabama minimizou os problemas gerados pelo vírus.

Prefeitura e o Co-Rio 2016 são obrigados a arcar com o tratamento se algum atleta, dirigente, jornalista, membro do COI ou profissional que estiver trabalhando nas Olimpíadas contrair a doença no Brasil?
Sim. Qualquer profissional que contrair o vírus durante a competição terá o auxílio e todo o pagamento pela Prefeitura e pelo Comitê Co-Rio 2016.

A goleira dos Estados Unidos, Hope Solo, afirmou que se as Olimpíadas fossem agora, ela não iria participar pelo receio de ter uma gravidez com complicações no futuro. Uma atleta que contrair o vírus pode engravidar em um período próximo sem o risco de o bebê ter microcefalia?
A ciência não tem essa resposta ainda. O vírus dura muito pouco tempo no organismo humano. Quem já teve a doença vai levar para o resto da vida uma imunoglobulina dizendo que entrou em contato com o vírus. Mas ainda está em estudo a resposta para o período que uma mulher  contaminada pelo vírus pode engravidar sem riscos para o bebê. Atualmente, o conselho dos médicos é que se espere até seis meses depois da doença.

Como ocorre a transmissão?
Assim como os vírus da dengue e do chikungunya, o vírus da zika também é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti.

Quais são os sintomas?
Os principais sintomas da doença provocada pelo vírus da zika são febre intermitente, erupções na pele, coceira e dor muscular. A evolução da doença costuma ser benigna e os sintomas geralmente desaparecem espontaneamente em um período de 3 até 7 dias. O quadro de zika é muito menos agressivo que o da dengue, por exemplo.

Como é o tratamento?

Não há vacina nem tratamento específico para a doença. Segundo informações do Ministério da Saúde, os casos devem ser tratados com o uso de paracetamol ou dipirona para controle da febre e da dor. Assim como na dengue, o uso de ácido acetilsalicílico (aspirina) deve ser evitado por causa do risco aumentado de hemorragias.

Quais são as recomendações para mulheres grávidas?
O Ministério da Saúde orienta algumas medidas para mulheres grávidas ou com possibilidade de engravidar tendo em vista a ocorrência de casos de microcefalia relacionados ao vírus da zica. Uma delas é a proteção contra picadas de insetos: evitar horários e lugares com presença de mosquitos, usar roupas que protejam a maior parte do corpo, usar repelentes e permanecer em locais com barreiras para entrada de insetos como telas de proteção ou mosquiteiros. É importante informar o médico sobre qualquer alteração em seu estado de saúde, principalmente no período até o quarto mês de gestação. Um bom acompanhamento pré-natal é essencial e também pode ajudar a diminuir o risco de microcefalia.

http://globoesporte.globo.com/tenis/noticia/2016/02/garota-de-ipanema-teliana-se-ve-favorecida-pelo-forte-calor-no-rio.html

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