![2016-892852655-201603011808259950_201603012-](https://i0.wp.com/bomdiaipanema.com.br/wp-content/uploads/2016/03/2016-892852655-201603011808259950_201603012.jpg?resize=640%2C360&ssl=1)
Aniversariante, sim, mas, para boa parte dos cariocas, o clima não era de festa. No dia em que completou 451 anos, o Rio saiu mal na foto: uma pesquisa feita pelo Instituto de Pesquisas e Estudos do Turismo da Unisuam e a Fundação Cesgranrio, divulgada nesta terça-feira, mostrou que 75% dos moradores da cidade a avaliam de forma negativa, como violenta ou caótica. Parte da parcela insatisfeita da população, a ascensorista de Vigário Geral Claudete Ramos Rodrigues, de 54 anos, reconhece: “Cansei de acreditar no Rio”.
— O pior é a violência. Neste aniversário, desejo paz ao Rio — diz ela, que, na semana passada, viu o filho voltar para casa após um assalto.
![Claudineia Rodrigues afirma: “Cansei de acreditar no Rio”](https://i0.wp.com/extra.globo.com/incoming/18784978-3a3-8d2/w448/2016-892856489-201603011819509983_20160301.jpg)
A violência também é a principal reclamação da caixa Paloma da Silva de Souza, de 29 anos. Ela trabalha no Centro e já foi assaltada três vezes. Duas, dentro de um ônibus.
— A gente anda olhando para os dois lados — conta a caixa, que também reclama das falhas no atendimento de saúde: — Há uns dias, levei minha tia a um posto, mas não conseguimos atendimento.
Pegar um trem lotado é rotina na vida da estudante Yasmin Guedes, de 20 anos, que mora em Campo Grande e estuda no Centro. A falta de transporte público de qualidade é sua maior queixa:
![A estudante Yasmim Guedes reclama do transporte público: “fico espremida na volta para casa”](https://i0.wp.com/extra.globo.com/incoming/18784979-f68-184/w448/2016-892857650-201603011824249988_20160301.jpg)
— Volto para casa de trem, porque de ônibus não dá, tem muito trânsito. Fico espremida, e muitos homens nem respeitam o vagão feminino.
No Twitter, o cantor Lulu Santos, em meio a homenagens à aniversariante, deixou o desabafo, publicando a letra de uma antiga música sua. “Rio de Janeiro, do medo e do desespero, de bala e dó, de morte estampada numa foto, que corre o mundo e enche de dor e vergonha”, escreveu.
Para o responsável pela pesquisa e coordenador de Turismo da Unisuam, Bayard Boiteux, o resultado reflete a baixa autoestima dos moradores.
— O lado bom é que muitos entrevistados têm esperança de que as Olimpíadas mudarão esse cenário — diz, fazendo referência aos 56% dos ouvidos que afirmaram acreditar que os Jogos trarão mudanças.
![](https://i0.wp.com/extra.globo.com/incoming/18784974-deb-baf/w448/oque-pensa-o-carioca-01.jpg)
![](https://i0.wp.com/extra.globo.com/incoming/18784975-45f-4d1/w448/oque-pensa-o-carioca-02.jpg)
![](https://i0.wp.com/extra.globo.com/incoming/18784976-75d-c1b/w448/oque-pensa-o-carioca-03.jpg)
![](https://i0.wp.com/extra.globo.com/incoming/18784977-97c-9f3/w448/oque-pensa-o-carioca-04.jpg)
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