O Teatro II do Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro, recebe de 26 de novembro a 20 de dezembro, o espetáculo “Pá de Cal (Ray-lux)”, dramaturgia inédita do premiado autor Jô Bilac, direção de Paulo Verlings, realização da Cia Teatro Independente, com Carolina Pismel, Isaac Bernat, Orlando Caldeira, Pedro Henrique França e Ruth Mariana no elenco.
As representações acontecem de quinta a sábado, às 18h, e domingo, às 17h. Os ingressos estão à venda exclusivamente pela internet: www.eventim.com.br.
A trama de “Pá de Cal (Ray-lux)” parte da morte de um personagem central, ou seja, ele está ausente. O mesmo acontece com suas irmãs que mandam representantes para a reunião “familiar” na qual irá se definir o destino do pai dessa família e também o destino da mãe do morto (uma ex-empregada da família), que também manda um representante legal. O morto também é representado por uma pessoa com quem conviveu em terras estrangeiras.
Além de uma morte traumática a peça lida com a terceirização de responsabilidades e de como essas representatividades interferem na boa condução das questões. Toda a ação se desenrola na casa onde mora o patriarca, local que é foco de uma disputa pela posse, revelando interesses divergentes entre as partes. Conflitos inesperados emergem a partir desse encontro. Com o passar do tempo, as relações entre pai e seus filhos – representados – se revelam aos espectadores cada vez mais límpidas e latentes.
Com “Pá de Cal (Ray-lux)” o Teatro Independente se debruça sobre um tema delicado, mas emergencial e a favor da vida. O Brasil está na contra mão da tendência mundial em relação aos índices de suicídios. Dados da OMS mostram que por aqui as taxas de suicídio foram 7% maiores em 2016, último ano da pesquisa, do que em 2010. Já o índice global teve queda de 9,8%.
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