Após seis anos de dificuldades, locação residencial tem aumento de 12,5% no Rio
Pesquisa realizada pelo Secovi-Rio (Sindicato da Habitação) revela que, entre 2012 e 2018, houve um aumento de 457% no estoque de imóveis residenciais (apartamentos) no Rio de Janeiro. As 2.198 mil ofertas disponíveis em 2012 passaram para 12.244 mil, no ano passado. Mas o cenário imobiliário no estado mudou no último ano. Segundo o coordenador estatístico do Secovi-RJ, Maurício Eiras, o estudo mostra que, nos últimos 12 meses, houve uma queda de 12,5% no estoque. Ou seja, o mercado imobiliário começa a reaquecer com mais pessoas interessadas em alugar no Rio.
Para Gustavo Vianna, gerente de Negócios Imobiliários da CIPA, uma das principais administradoras de imóveis do Rio, a diminuição do estoque no último ano se dá devido à política econômica, que gerou uma onda de credibilidade para o país. Foi aí que as pessoas começaram a apostar no mercado imobiliário: “Outro fator é que os preços caíram consideravelmente. As pessoas não aguentavam mais pagar um aluguel até 60% mais caro que o preço de mercado. Isso ajudou a melhorar esse cenário”, explica o especialista.
Para ele, a crescente no número de ofertas de apartamentos para alugar desde 2012 é consequência de novos lançamentos no mercado, impulsionados por um momento de projeção positiva do Rio de Janeiro, ao passo que a procura diminuiu consideravelmente, somada à rescisão de muitos contratos de locação, seja porque as pessoas trocaram o Rio por outras cidades ou pelos altos preços. Assim, a expectativa do setor imobiliário esbarrou num desinteresse no mercado, levando a uma conjuntura desfavorável e que justifica a curva tão acentuada entre 2013 e 2017.